Patriota quer sair da
lanterna para o ‘G10’ do Congresso.
Presidenciável deve trazer de 15 a 25 deputados ao
novo partido. Adilson Barroso, presidente do Patriota, diz que legenda vai
alcançar, com folga, a cláusula de desempenho
O Patriota, futuro partido do presidenciável Jair
Bolsonaro, quer nascer grande. Quando ocorrer a chamada janela eleitoral –
quando um parlamentar poderá mudar de partido sem sofrer qualquer punição –, em
março de 2018, a nova sigla espera “inaugurar” na Câmara com uma bancada entre
15 e 25 deputados. O atual Partido Ecológico Nacional (PEN), que vai virar
Patriota, tem hoje apenas três deputados e está na “lanterna” entre as 25
legendas com representação na Casa.
Com o efeito Bolsonaro, o partido poderá ficar
entre as dez maiores bancadas da Câmara. O deputado é abordado todo o dia por
colegas dizendo que o apoiam para presidente e que irão migrar com ele para o
Patriota. Mas, descolado, Bolsonaro sabe que não é bem assim.
“Muita gente vem e fala, mas a gente sabe que não é
bem assim. Temos que ver qual será o cenário de março. Se estarei bem nas
pesquisas, ou não. Se a imprensa vai continuar batendo forte em mim”, disse
ele, que dá como certo mesmo a filiação de pelo menos 15 deputados.
O presidente do PEN, Adilson Barroso, está eufórico
com a chegada de Bolsonaro a seu partido. Ele acredita que a bancada do
Patriota possa chegar a 30 deputados.
Quanto maior o número de deputados mais são as
regalias de um partido, como ampliação do número de cargos de confiança à
disposição, maior tempo de liderança e de discurso, e espaço físico na Câmara
mais generoso. Para a eleição, o otimismo de Barroso é maior ainda. Ele
acredita que o Patriota, com Bolsonaro disputando a Presidência da República,
fará uma bancada de 50 deputados, de oito senadores e “alguns” governadores.
“Alguns países estrangeiros já dão como certa a
eleição do Bolsonaro. Isso porque os candidatos que concorrem com ele são
políticos tradicionais e que estão com a ficha mais suja que pau de galinheiro.
Um deles [se referindo a Lula] até a eleição estará condenado a 100 anos de
cadeia”, disse Barroso. “E conseguiremos, com folga, atingir a cláusula de
desempenho”.
A partir do ano que vem, os partidos terão que
obter 1,5% dos votos válidos para deputado federal em pelo menos nove estados
ou eleger no mínimo nove deputados federais, sendo um por estado, para ter
acesso ao dinheiro do fundo partidário e a tempo de propaganda no rádio e na
televisão.
Na semana passada, Bolsonaro assinou uma ficha
simbólica de filiação ao Patriota. Pelo acordo, o deputado terá carta branca
para escolher os dirigentes da legenda nos estados. Barroso deverá continuar
como presidente oficial. O presidenciável será presidente de honra, mas com
plenos poderes.
(11) 9.9590.3753 Radio 35*66*46727
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